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O acondicionamento de resíduos hospitalares deve ser adequado e com manejo correto, a fim de afastar riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Os materiais descartados por hospitais, clínicas, postos de saúde, laboratórios de análises clínicas, exigem atenção extrema. Engana-se quem pensa que a preocupação deve ser só a destinação e o tratamento, o cuidado começa com o acondicionamento desses resíduos.
Os resíduos hospitalares exigem manejo acurado porque podem ser perigosos. O risco pode ser proveniente, por exemplo, de material biológico contaminado, objetos perfuro-cortantes, peças anatômicas, substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas. Isso expõe os trabalhadores do setor de saúde, que lidam diretamente com o material. Podem, também, contaminar pacientes que fazem uso dos serviços de saúde e o meio ambiente, quando os materiais são descartados inadvertidamente.
A seguir, você confere dicas de como acertar no acondicionamento de resíduos hospitalares. Informa-se, também, das regras sobre a embalagem dos materiais e como evitar seus riscos. Acompanhe!
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Entenda os riscos do acondicionamento incorreto
Para fazer o acondicionamento adequado dos resíduos hospitalares é preciso, antes de mais nada, entender que eles podem oferecer riscos. O perigo é que esses materiais podem conter material biológico, objetos perfurantes, cortantes ou contaminados, produtos químicos perigosos, e também rejeitos radioativos.
Este estudo alerta que o gerenciamento inadequado dos resíduos hospitalares pode gerar epidemias e até endemias. Os problemas podem atingir grandes proporções, desde contaminações até elevados índices de infecção hospitalar. Uma das formas de contaminação seria a partir do descarte dos resíduos hospitalares nos lençóis freáticos.
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Siga a legislação do setor de serviços de saúde
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Por serem potencialmente perigosos, os resíduos hospitalares não podem ser descartados em lixeiras comuns, sem o acondicionamento correto. As geradoras de resíduos hospitalares precisam seguir a legislação do setor. As diretrizes se baseiam na RDC nº 306/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e na Resolução nº 358/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
As empresas que negligenciam a legislação da ANVISA podem sofrem punições. As penalidades estão previstas na lei nº 6.437/77, que trata das infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções.
As penalidades podem ser autuações e multas até a interdição parcial, total ou permanente da organização. O cumprimento da legislação é feita pelos fiscais da agência reguladora, que visitam periodicamente as organizações enquadradas pela resolução.
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Separe os resíduos hospitalares
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Antes do acondicionamento, os resíduos hospitalares devem ser separados. A seleção deve se dar de acordo com as características e a periculosidade dos resíduos. Segundo a resolução nº 358/05 do CONAMA, os resíduos hospitalares podem ser divididos nos seguintes grupos:
- classe A – resíduos infectantes : vacinas vencidas, materiais com sangue, tecidos humanos e animais, órgãos humanos e animais, animais contaminados, fluidos orgânicos, secreções e matéria orgânica humana em geral;
- classe B – resíduos químicos: medicamentos vencidos, produtos hormonais, antimicrobianos, reagentes para laboratório e outros;
- classe C – resíduos radioativos: todos os materiais radioativos ou contaminados com radionuclideos em quantidades superiores aos limites de eliminação e cuja reutilização seja imprópria;
- Classe D – resíduos comuns: material de escritório, jardinagem, conservação. Resíduos que não apresentam riscos à saúde ou ao meio ambiente, semelhantes aos resíduos domiciliares, como restos de comida e papel de uso sanitário, fralda e absorventes higiênicos.
- Classe E – resíduos perfurocortantes: objetos e instrumentos com bordas, pontas ou protuberâncias, capazes de cortar ou perfurar, tais como agulhas, lâminas, bisturis, frascos e ampolas.
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Proteja os trabalhadores do setor de saúde
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Os profissionais responsáveis pelo acondicionamento dos resíduos devem usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s), para evitarem os riscos dos materiais contaminados. Entre os indicados estão luvas, máscaras, gorros, óculos de proteção, aventais e botas. O uso previne ou minimiza a propagação de microrganismos causadores de infecções.
Além disso, os profissionais devem ser treinados para saber como e quando usar o EPI e quais são suas limitações. Também devem estar cientes de como limpá-los e armazená-los.
Embale corretamente os resíduos hospitalares
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Os resíduos hospitalares devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e vazamento e impermeáveis, segundo a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Para cada grupo de resíduos hospitalares há um tipo de embalagem indicada:
- resíduos infectantes: acondicionados em lixeiras revestidas com sacos brancos;
- resíduos químicos: acondicionados em galões coletores específicos;
- resíduos radioativos: acondicionados em caixas blindadas;
- resíduos comuns: acondicionados em lixeiras revestidas com sacos pretos e podem ser destinados à reciclagem;
- resíduos perfuro-cortantes: acondicionados em recipientes rígidos, preenchidos somente até 2/3 de sua capacidade.
Para não se perder nas diretrizes de acondicionamento, a empresa geradora de resíduos hospitalares pode contar com um suporte externo. O grupo Verde Ghaia tem experiência em consultoria para gestão de resíduos. Pode oferecer treinamento para os funcionários do setor de saúde, orientar sobre a legislação e as práticas corretas de acondicionamento.
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Conte com o Mercado de Resíduos
Outra maneira interessante de não errar no acondicionamento das sobras hospitalares é contar com o Mercado de Resíduos. Trata-se de um software de gestão de resíduos que já possui toda legislação acoplada ao seu funcionamento. Por meio dessa ferramenta é possível à geradora ser ambientalmente responsável no manejo dos resíduos hospitalares. É um suporte que permite à organização cumprir as leis concernentes ao setor de serviços de saúde, sem gerar danos ao meio ambiente e aos indivíduos.
Como se pode notar, os materiais hospitalares exigem manejo criterioso, não podendo ser descartados de qualquer maneira. O zelo com esse tipo de resíduo começa pelo seu acondicionamento correto. Seguindo a legislação ambiental, separando e embalando adequadamente é possível minimizar os riscos de resíduos hospitalares contaminados, tóxicos ou radioativos.
As empresas ligadas ao setor de saúde têm o dever de serem ambientalmente responsáveis. E o primeiro passo é embalar corretamente os resíduos hospitalares, evitando riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
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Se quiser aprofundar mais sobre o assunto leia este outro artigo do blog: Sete dicas para vender resíduos e lucrar no Mercado de Resíduos
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