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21 Junho
5 min de leitura

Coprocessamento de resíduos: quais vantagens e desvantagens

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O coprocessamento de resíduos apresenta inúmeras vantagens, como também desvantagens. Saiba mais!
coprocessamento de resíduos

O coprocessamento de resíduos apresenta inúmeras vantagens, como também desvantagens. Entre as vantagens está o destino seguro dos resíduos, o reaproveitamento dos mesmos e consequentemente a diminuição da carga dos aterros sanitários. Contudo, as desvantagens desse processo incluem a emissão de partículas poluentes e a volatilização de metais pesados. Neste artigo falaremos mais sobre o coprocessamento de resíduos. Confira!

A redução do impacto ambiental com coprocessamento de resíduos é uma alternativa interessante e valiosa para as empresas. Do ponto de vista econômico o coprocessamento gera redução dos gastos financeiros com a destinação de resíduos e ganho econômico com a venda dos mesmos como matéria prima para outras indústrias. Dos pontos de vista ambiental e da saúde humana reduzem os impactos com os problemas da geração e acúmulo de resíduos.

Veja abaixo o que abordaremos neste artigo:

Pensando nisso, nós da VGR – Gestão de Resíduos Online, trataremos neste artigo sobre Coprocessamento de resíduos. Confira!

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O que é coprocessamento de resíduos?

Coprocessamento de resíduos

O coprocessamento estabelece a integração de dois processos: o primeiro consiste no processo de queima de resíduos sólidos industriais que seriam descartados em aterros sanitários e o outro a fabricação de produtos que requerem altas temperaturas em seus processos produtivos. Isso ocorre principalmente com as indústrias de cimento.

No coprocessamento da indústria cimenteira as chamas que aquecem os fornos da fábrica são alimentadas por resíduos sólidos. Assim, os resíduos industriais podem substituir parcialmente o combustível para esses fornos.

A parte orgânica dos resíduos é destruída termicamente, no processo de combustão. Os fornos, que transformam o calcário e a argila em clínquer (matéria prima do cimento), podem ser alimentados por resíduos da própria empresa ou de empresas parceiras.

A parte inorgânica dos resíduos é inertizada e integra os elementos já existentes na matéria prima do cimento.

Desta forma, no final do coprocessamento, não existe quaisquer resíduos. Consequentemente, os riscos de passivos ambientais são eliminados. Com esta prática, tanto a empresa que produz os resíduos, como as empresas de cimento são beneficiadas.

A alta temperatura da chama, o tempo de residência e as características físicas dos fornos utilizados na indústria de cimento são superiores até aos padrões exigidos para a destruição ambientalmente segura de resíduos perigosos.

Além dessas vantagens técnicas, os fornos de cimento têm capacidade para destruir, de forma segura, grande volume de resíduos.

A utilização de resíduos, para a combustão dos fornos, não altera em nada a qualidade do cimento produzido. E esta é uma prática totalmente segura para o ambiente e para os trabalhadores da empresa, e para a comunidade em geral.

Resumidamente, podemos dizer que o coprocessamento é o processo de destruição de resíduos na fabricação de produtos que requerem altas temperaturas na sua fabricação. Na indústria cimenteira é uma tecnologia de queima de resíduos provenientes de diversas indústrias em fornos que transformam argila e calcário em clínquer.

Em alguns casos, em que a queima do resíduo é utilizado apenas para geração de energia o termo correto é coincineração.

Legislação sobre coprocessamento

Coprocessamento de resíduos

A resolução que regulamenta o licenciamento da atividade de coprocessamento de resíduos em fornos rotativos de produção de clínquer é a Conama nº 499/2020.

A resolução define coprocessamento como sendo uma técnica de destinação final ambientalmente adequada que envolve o processamento de resíduos sólidos como substituto parcial de matéria-prima e/ou de combustível no sistema forno de produção de clínquer, na fabricação de cimento.

Outra resolução que dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos, entre eles o coprocessamento, é a Resolução CONAMA nº 316/2002.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) trouxe uma responsabilidade compartilhada sobre a destinação e disposição final dos resíduos sólidos. O poder público passou a ser responsabilizado pela destinação do resíduo doméstico, enquanto cada um dos geradores de resíduos passaram a ser responsáveis pelo adequado tratamento, disposição ou destinação final de seus resíduos.

Desta forma, as indústrias, que geram grandes quantidades de resíduos, passaram a buscar alternativas viáveis para as novas adequações à legislação vigente. Entre as alternativas encontradas, destacamos o coprocessamento de resíduos como uma solução inteligente e rentável.

Por meio do coprocessamento as empresas podem simplesmente zerar a necessidade de aterros e ainda lucrar com essa prática.

Vantagens e Desvantagens do coprocessamento

Coprocessamento de resíduos

Vantagens do coprocessamento:

  • menor custo de produção para as empresas que fazem uso do coprocessamento já que utilizam como matéria-prima os resíduos de diversos segmentos industriais;
  • eliminação total ou reaproveitamento de resíduos;
  • destinação segura para os resíduos perigosos;
  • aproveitamento do calor proveniente dos resíduos, transformando-o em energia térmica;
  • diminuição do volume de resíduos enviados aos aterros sanitários;
  • diminuição dos riscos de passivos ambientais;
  • menor utilização de recursos naturais não renováveis.

Desvantagens do coprocessamento:

  • emissão de partículas poluentes;
  • volatização de metais pesados;
  • exposição dos trabalhadores aos elementos poluentes presentes nos resíduos;;
  • Riscos de contaminações acidentais dos produtos fabricados.

Como ser sustentável com o coprocessamento?

Coprocessamento de resíduos

Solucionar o problema da geração e acúmulo de resíduos é um dos principais desafios da sociedade moderna. Por isso a redução do impacto ambiental com o co-processamento de resíduos é a técnica mais viável para empresas.

Uns dos principais problemas das pequenas empresas que geram resíduos que podem ser direcionados para o coprocessamento é fazer negócios com grandes indústrias. Não é fácil quando não se tem uma quantidade considerável de material.

Pensando nisso, a equipe da VGR – Gestão de Resíduos Online lançou o Mercado de Resíduos, que é uma plataforma online pela qual é possível que tratadores encontrem geradores e vice-versa.

O Mercado de Resíduos funciona como um Leilão, através do qual uma empresa publica um pedido de compra ou venda e as demais empresas dentro de um raio de distância podem fazer ofertas por aquele material. O sistema seleciona a melhor oferta e a informa ao ofertante, ligando assim geradores a tratadores de resíduos de forma simples e rápida.

Outra vantagem do sistema é a possibilidade de selecionar apenas empresas que possuem as licenças para tratar cada tipo de resíduo, eliminando assim o passivo ambiental para o gerador.

Portanto, pelo artigo percebemos que o coprocessamento é uma técnica de tratamento de resíduos muito utilizados em indústrias cimenteiras. A técnica tem como vantagem o destino seguro dos resíduos, o reaproveitamento dos mesmos e consequentemente a diminuição da carga dos aterros sanitários. Contudo, as desvantagens desse processo incluem a emissão de partículas poluentes e a volatização de metais pesados.

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